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RH & SAÚDE OCUPACIONAL: DE MÃOS DADAS COM A SAÚDE DO TRABALHADOR.



RH & SAÚDE OCUPACIONAL: DE MÃOS DADAS COM A SAÚDE DO TRABALHADOR.

Quando falamos em RH nos lembramos de empresas, papéis (burocracia) e pessoas. Independente da ordem desses fatores o fato é que o RH, considerado por muitos como coração de uma empresa, tem (e deve ter) uma atuação de promoção da saúde mental do trabalhador dentro de uma instituição. Expressão das corporações contemporâneas, o Capital humano é considerado o bem mais preciso de uma empresa, e o setor de Recursos Humanos precisa fazer valer o seu mérito enquanto célula institucional. A saúde do funcionário e, por consequente, o seu desempenho gera resultado que incide diretamente sobre o lucro de uma empresa analisados e demonstrados pelos estudos sobre clima, comportamento, satisfação, desempenho e ambiente organizacional (Maximiano, 2004; Robbins, 2005).

A compreensão entre a relação direta com a satisfação no ambiente de trabalho e os aspectos que circunscrevem essa tênue ligação são: reconhecimento, valorização, competências e a motivação. Este último é um processo responsável por impulso no comportamento do ser humano para uma determinada ação, que o estimula para realizar suas tarefas de forma que o objetivo esperado seja alcançado de forma satisfatória. Ou seja, se um trabalhador encontra no seu ambiente de trabalho este lastro que lhe proporciona condições físicas, psíquicas e emocionais à sua atividade laboral, consideramos então que este sujeito tem garantida a sua saúde ocupacional que impacta no comportamento do indivíduo dentro das organizações. Contudo, normalmente não é isso que ocorre os estudos de Dejuors (1987) sobre os aspectos psicodinâmicos da relação homem-trabalho, que propõe a necessidade de analisar historicamente a analogia do trabalho com os processos psíquicos nos seus primórdios, no começo do século XX.

O desenvolvimento industrial e a racionalização/mecanização do trabalho, potencializaram a emergência de graves prejuízos à saúde física e mental dos trabalhadores, em consequência de sobrecarga e prolongadas jornadas de trabalho, ritmo acelerado da produção, fadiga física, automação, não participação no processo produtivo e divisão das tarefas. Dejours aponta que é a [des]organização do trabalho a “culpada” pelas sequelas penosas do funcionamento psíquico do trabalhador. No decorrer da sua vasta bibliografia que baliza estes temas o autor desvela que ocorrerem vivências de prazer e/ou de sofrimento no trabalho, anunciadas por meio de sintomas específicos relacionados ao contexto sócio-ocupacional e a própria estrutura de personalidade de cada trabalhador. Eis, então, onde nós profissionais de RH devemos na atuar na promoção da saúde. Contudo, muitas vezes o RH não está atento (direcionado) para isso em razão das exigências de cumprir metas (inatingíveis) e as cobranças exacerbadas que incidem diretamente no stress e adoecimento dos colaboradores. Uma AÇÃO-intervenção do RH promove a valorização e satisfação no trabalho, fortalece as relações interpessoais, e garante em última (ou primeira) instancia os resultados financeiros da organização sobre a ótica cartesiana do investimento ↔ retorno.

Referências:

  • Dejours, C. (1987). A Loucura do Trabalho: Estudo de Psicopatologia do Trabalho. São Paulo: Cortez.

  • Maximiano, A. C. (2004). A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 4. ed. São Paulo: Atlas.

  • Robbins, S. P. (2005). Comportamento Organizacional. 8ª ed.. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos.

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